A cruz de Cristo (Título
original: The Cross of Christ.) de John Stott (Editora Vida, 2006).
A cruz de Cristo deixa claro, já de início, que a cruz é o centro da fé evangélica, i.e., os
principais personagens da história bíblica, os sacrifícios, as ofertas, os
rituais, enfim, os elementos do passado (A.T.) encontram seu
desenvolvimento/cumprimento nesse ponto principal, enquanto aquilo que há de
vir .
Stott presta tributos a
escritores dos séculos XIX E XX que, em acordo com as Escrituras, exporam em sua
literatura pensamentos e ensino sobre a cruz, reconhecendo os esforços destes
como “notáveis valores neste campo”.
Para John Stott a cruz
é viva, ao mesmo tempo em que transforma e incentiva. Ela falou algo para a
História (passado) e diz ainda para os tempos hodiernos, por isso, precisamos
compreendê-la a fim de interpretar suas palavras. Pela cruz, a tradição e a
modernidade se encontram em enxame e contemplação das Escrituras.
A cruz de Cristo mostra
pessoas que, por não compreenderem o sentido da cruz, ridicularizam, com
palavras ofensivas, expressando comentários negativos e explicações que levam a
rejeição, enquanto outras se entregaram a crença da cruz e mudaram suas vidas,
suas pregações...
Também mostra que a cruz
está entre a morte e a ressurreição, entre o sofrimento e a glória do Senhor, o
Messias. Através dela (a cruz) Cristo vê sinônimo de sofrimento e morte, mas,
também, contempla o que deriva dela: ressurreição e um Nome que é sobre todo o
nome! A fé, a glória e o verdadeiro teor (essência) das Escrituras surgem da
cruz.
Segundo Stott, a
mensagem da cruz é apresentada a todos, só que, com tratamentos diferentes:
para os judeus, “israelitas”, de quem são “os patriarcas” (Rm 9.4) é
apresentado o Deus do Pacto; para os demais (gentios), é necessário conhecer o
“Deus que fez o mundo e tudo que nele há”, “Senhor dos céus e da terra” (Atos
17.24).
Em A Cruz de Cristo
vemos a loucura da cruz da seguinte forma:
Tendo em mente que a
cruz (restauração, adoção) origina-se da mente do Mestre, os cristãos de todos
os tempos, mesmo em meio ao desdém, ultraje e rejeição, não deixam - com recusa e insistência - que a
cruz seja locomovida para fora de suas vidas e de suas mensagens.