segunda-feira, 26 de setembro de 2016

#VC4 - RESSURREIÇÃO






VISÃO CRISTOCÊNTRICA (4): RESSURREIÇÃO



Anastasis (gr.)

A ressurreição  é real, e é considerada como “A VITÓRIA” sobre a morte:

"então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória"." 1 Coríntios 15.54).

Deus  fará com que os corpos mortos “estejam para cima”. Os   corpos mortificados encontrarão forças, salvação, vida. Serão despertados, elevados. Tornarão a surgir, reaparecerão.

A loucura da pregação consiste em:

  1. Alguém morre como maldito:

"Se um homem culpado de um crime que mereça a morte for morto e pendurado num madeiro, não deixem o corpo no madeiro durante a noite. Enterrem-no naquele mesmo dia, porque qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus. Não contaminem a terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança." Deuteronômio 21:22-23

Cristo nos redimiu da maldição da lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro". Gálatas 3:13

  1. Depois de sepultado, ressuscita:

Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,1 Coríntios 15:3-4

  1. Ressuscitando, dá o poder àqueles que creem:

Crer aqui é SEGUIR, OBEDECER. Os que creem no seu Nome tem o poder de terem seus corpos redimidos da morte:

Mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria.
1 Pedro 4:13

E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês.
Romanos 8:11

Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram. Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem. Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre.
1 Tessalonicenses 4:13-17


Por Fernando José,  em Julho/2012. Revisado em Setembro/2016.


Bibliografia:
Bíblia Thompson – ECA (Ed. Vida)
Mini Aurélio (Ed. Nova Fronteira, 2000)
Dicionário VINE (CPAD, 2006)
Comentário Judaico do Novo Testamento (Ed. Templus, 2008)
A cruz de Cristo (Ed. Vida, 1986)





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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

#VC3 - MORTE





VISÃO CRISTOCÊNTRICA (3): MORTE



Morte

Conhecida como a grande segadora, aquela que abate, arrebata, tira a vida.
Do hebraico  mâwet (morte) antônimo de hayyîm (vida).Do grego thanatos. A classe de livros na Bíblia que mais retrata a morte é a dos livros poéticos  [aproximadamente sessenta (60) vezes]. Lá, a ênfase é maior.

O que é a morte?

Extinção de vitalidade
Inércia (falta de ação, atividade)
Último cessar de funções
Separação da alma do corpo
Volta ao pó

Assim define o Dicionário VINE: “... a morte é o fim  natural da vida humana nesta terra, é um aspecto do julgamento de Deus sobre o homem...” (CPAD, 2006 - p. 187).

Como acontece?

Natural
Violenta (talvez por injustiça)
Como execução de justiça
Por pestilência
Por fome, Etc.

Quem morre?

Todos morrem:

Porque eu sei que me levarás à morte e à casa do ajuntamento determinada a todos os viventes.
Jó 30:23

Porque ele vê que os sábios morrem; perecem igualmente tanto o louco como o brutal, e deixam a outros os seus bens. Salmos 49:10

Nenhum homem há que tenha... poder sobre o dia da morte;                                        Eclesiastes 8:8

Sua introdução no mundo

A Bíblia considera a morte como a ponta de uma  lança, i.e., sua extremidade, ou ainda, a consequência do pecado. A morte entra no mundo através da Queda:

Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. Romanos 5:12

Quem escapou dela?

Dois homens, na Bíblia, escaparam dela:

  1. Enoque
Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus. Hebreus 11:5

  1. Elias
Sucedeu que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim.E disse: Coisa difícil pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará, porém, se não, não se fará.E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. 2 Reis 2:9-11

O entendimento dos coríntios sobre a morte e a ressurreição do corpo

Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. 1 Coríntios 15:12-22

O entendimento dos coríntios sobre a morte e a ressurreição do corpo segue a ideologia dos gregos, da filosofia oriental e até mesmo dos Saduceus (Mateus 22.23-33; Atos 23.8), os coríntios tinham em mente que o corpo era mal, que tinha inferioridade em relação a alma, que era indigno da ressurreição. Ao que Paulo adverte-os:

Assim como tivemos a imagem do homem terreno, teremos também a imagem do homem celestial. Irmãos, eu lhes declaro que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que é perecível pode herdar o imperecível. Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de imortalidade. Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória". "Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão? "O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil. 1 Coríntios 15:49-58.


Por Fernando José,  em Julho/2012. Revisado em Setembro/2016.


Bibliografia:

Bíblia Thompson – ECA (Ed. Vida)
Mini Aurélio (Ed. Nova Fronteira, 2000)
Dicionário VINE (CPAD, 2006)
Comentário Judaico do Novo Testamento (Ed. Templus, 2008)
A cruz de Cristo (Ed. Vida, 1986)




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domingo, 18 de setembro de 2016

A abertura da Ekklesía e o Mathetes sinfônico




A concordância geral é que a inauguração foi no Dia de Pentecostes, mas, se faz necessário analisar alguns pormenores! Entendo que se deixarmos de canto os 3 (três) anos em que os discípulos tiveram sua andança com Jesus, fica complicado! O chamado dos discípulos  já é considerada a primeira centelha. Igreja começa com discipulado. Decerto que perdemos esse ideal de vista - hoje queremos consolidar pessoas antes de mostrarmos o caminho do discipulado, o que é contraditório, pois, tornar alguém sólido para depois transmitir as noções básicas gerará muitos entraves... O 'consolidado' terá em mente, de forma jactanciosa, que não precisa mais de elementos rudimentares. Logo, recomenda-se: 'Discipular para Consolidar', e isso de forma verdadeira, boa e reta, olhando para o alvo! Há uma necessidade de termos e sermos discípulos originais, à parte dessas autoridades anapostólica hodiernas, salvos instruídos que estejam afastados dessa mentalidade módica com trejeitos espirituais. Em síntese, a ekklesía tem em sua composição e, em consequência gera, seguidores sinfônicos.


Por Fernando José, em 17 de setembro de 2016.




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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

#VC2 - ENFERMIDADE




VISÃO CRISTOCÊNTRICA (2): ENFERMIDADE



Vemos nos Escritos Sagrados, desde o A.T., relatos sobre enfermidades, assim como pessoas enfermas:

E Eliseu estava doente da enfermidade de que morreu 2 Reis 13:14

E ali, próximo daquele lugar, havia umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias. E aconteceu estar de cama enfermo de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou. Feito, pois, isto veio também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades, e sararam. Atos 28:7-9

Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades.1 Timóteo 5:23

O Livro de Levítico se refere-se a muitas enfermidades: Coxeadura (andar mancando), Úlceras, Febre, Lepra, Tísica (Tuberculose), etc.

Vemos também a promessa de cura (aos obedientes):

E disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR que te sara. Êxodo 15:26

E o SENHOR de ti desviará toda a enfermidade; sobre ti não porá nenhuma das más doenças dos egípcios, que bem sabes, antes as porá sobre todos os que te odeiam. Deuteronômio 7:15

Porque te restaurarei a saúde, e te curarei as tuas chagas, diz o SENHOR; Jeremias 30:17

O QUE É ENFERMIDADE?

ENFERMIDADE (Gr. Astheneia)
Carência de forças Incapacidade
Fraqueza
Impossibilidade
Incapacidade
Estado impotente
Sem firmeza
Sofrimento físico
Quase amortecimento (corpo)

ORIGEM

Por causa da Queda, toda a criação sente o abalo de forma penetrante, abalo esse que contrista. Paulo considera esse abalo como as “dores de parto”. A igreja não fica de fora: “também gememos”. A enfermidade tem sua origem na Queda, doravante, a criação está sujeita a moléstia, assim também “nós que temos as primícias do Espírito”.

Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Romanos 8:22-23

A HORA CERTA DE DEUS

Deus tem a hora certa para curar... Mas, muitas vezes “essa hora” depende de nós que deveríamos ser usados como canais de bênçãos, orando, impondo as mãos, ministrando a cura. Adiamos essa “hora”, deixamos tudo a cargo do senhor, que está com as mãos estendidas para curar. É certo que há exceções, mas, muitas vezes usamos a expressão “Deus tem a hora certa para curar” como uma justificativa para o nosso desleixe espiritual, para a nossa falta de oração. Não nos preocupamos muito com o que o Nome poder fazer, mas, com o que o nome pode render. As herdades serão lembradas mais que as enfermidades. Daniéis, Josés e Esteres a fim de querer governar enquanto Pedros, Joãos e Tiagos estarão no calabouço esperando...

DIANTE DAS ENFERMIDADES, AS ACUSAÇÕES...

Pelo menos o que Elifaz, Bildade e Zofar falaram para Jó acerca da calamidade, presente em sua vida: ”ainda que não falaram de Deus o que era reto, como Jó” (Jó 42.7) continha sabedoria, de sobra; nos perdemos naqueles pensamentos. Nos tempos hodiernos é diferente, inventam-se teorias (principalmente dizimistas) para tratarem sobre o assunto. Há malícia, falta compaixão, falta relação interpessoal, enfim. Pastores, líderes, crentes em Jesus: “Voltemos ao Evangelho”. Voltemos àquele sistema que traz a cura, quando não, assiste.

SOBRE A DEPRESSÃO
Um acontecimento importante e que provavelmente não correspondeu às nossas expectativas, pode nos abater e consequentemente levar-nos ao declínio moral, físico, psicológico e espiritual. Doravante, uma das consequências é deixar de lado tudo aquilo que é nossa obrigação, ou que nos traz gozo.

DEUS X ENFERMIDADES

Deus sustenta o enfermo, trata-o com afeto, leveza. Ele:

Está presente
Acompanha
Socorre
Protege
Ajuda
Traz socorro



Por Fernando José,  em Julho/2012. Revisado em Setembro/2016.


Bibliografia:

Mini Aurélio (Ed. Nova Fronteira, 2000).
VINE, W.E., Merril F. Unger e William White Jr. Dicionário Vine: o significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. (CPAD, 2006).




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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

#VC1 - AFLIÇÃO





VISÃO CRISTOCÊNTRICA (1): AFLIÇÃO



“Saibamos que, quando as aflições nos entornam, o Espírito é derramado com consolação em todos os nossos limites.” (Fernando José)

“... a cruz tudo transforma. Ela dá ... uma nova coragem para encarar as perplexidades do sofrimento.” (A cruz de Cristo John Stott)



Aflição (gr. Kakoõ)

Para começar, citemos alguns exemplos bíblicos relacionados à Aflição:


E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;  E matou à espada Tiago, irmão de João.  E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos. E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa. Atos 12:1-4

Herodes Agripa I entra no  cenário com planos referentes à igreja - que começaram a ser executados, mas não foram concretizados. Graças a Deus!. Herodes se manifestou para maltratar, irritar, danificar e ferir os discípulos. Seu objetivo principal: causar sofrimentos, em especial físico.

E aconteceu que em Icônico entraram juntos na sinagoga dos judeus, e falaram de tal modo que creu uma grande multidão, não só de judeus, mas de gregos. Mas os judeus incrédulos incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos gentios. Atos 14:1-2

Em Icônio, Paulo e Barnabé, depois da falação cristocêntrica (com grande resultado: “creu uma grande multidão tanto de judeus como de gregos”), viram os judeus incrédulos ativarem a mente dos pagãos (gentios), provocando-os contra os dois missionários.



Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Romanos 8:18

Não uma aflição apenas pretérita ou futurista, mas, presente, contínua, existente no cotidiano.

Foram apedrejados... aflitos e maltratados. Hebreus 11:37

Aflição é:

Agonia
Mágoa        
Ansiedade        
Preocupação        
Infortúnio       
Maltrato        
Sofrimento        
Adversidade       
Padecimento        
Irritação        
Danificação        
Ferimento


Uma breve análise de João 16.33

Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

Quatro (4) palavras se destacam em João 16.33:

- paz
- aflições (tribulações)
-ânimo
- venci

“para que em mim tenhais paz...”

Através dessa paz em Jesus:

-Podemos obter relações harmoniosas entre os homens.
-Temos segurança.
-Ainda que externamente haja aflição/perseguição, todavia, a alma do cristão poderá ter isenção de incômodo.
-Temos sensação de descanso e satisfação.
-Encontramos reconciliação e quietude.

“... no mundo tereis aflições...”

Ao contrário do que dizem os nossos pregadores modernistas, veja o que o Senhor deixou registrado, é como se Ele dissesse:

Vocês viverão situações difíceis. Viverão sob pressão, em aperto, pressionados com o objetivo de verem reduzir as vossas forças. Conviverão com coisas que sufocam. Estarão sobrecarregados. Haverá, frequentemente, aumento dos encargos, sim, obrigações excessivas. De vez em quando serão atormentados, sofrerão torturas, mágoas. Sentirá angústias, ansiedades, agonia. Raramente haverá calamidades, catástrofes. Terão privação daquilo que é necessário. Sofrerá perseguições, tratamento cruel. Terão, ao vosso redor, coisas que custam a suportar. Haver perturbação (embaraços, aborrecimentos, abalos).

“... mas tende bom ânimo...”

-Sejam fortes
-Tenham uma boa mente (prontidão mental)
-Façam o que tem que fazer com confiança, de forma apaixonada
-Tenham coragem
-Tenham contentamento na alma
-Não se preocupem

“... eu venci o mundo.”

E só pra complementar: Eu Sou a Vitória e tenho a vitória. Venci (Apocalipse 5.5) e vencerei (Apocalipse 17.14). Vencedor senta-se com vencedor (Apocalipse 3.21).


Por Fernando José, em Junho/2012. Revisado em Setembro/2016.



Bibliografia:

Mini Aurélio (Ed. Nova Fronteira, 2000).
VINE, W.E., Merril F. Unger e William White Jr. Dicionário Vine: o significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. (CPAD, 2006).
STOTT, John. A cruz de Cristo (The Cross of Christ.) - Editora Vida, 2006.




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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Resenha: Filosofia e Fé Cristã






BROWN, Colin. Filosofia e fé cristã; São Paulo: Vida Nova, 2007 - 2.ª Edição revisada. 280 p.


Colin Brown inicia seu livro deixando evidente que os cristãos sempre consideraram o entrosamento da fé cristã com a filosofia um relacionamento perigoso. Algo que sempre esteve em vigor: Cristianismo e Filosofia se encontrando em meio a acusações e remendos de forma negligente! Sempre houve inúmeras advertências contra essa união, porém, outros achavam que a filosofia era o veículo que levaria os pagãos à verdadeira religião. Havia um embate: Primeiros Apologistas (Pais da Igreja) versus Filosofia (Sabedoria com Fé). Em suma, para o autor, a história da filosofia da religião é uma disciplina padrão cheia de protestos, acusações e discussões que não leva a lugar nenhum. Na realidade, os filósofos crentes e descrentes, partirão do princípio de que a filosofia é a parte do saber que, de forma inteligente, se ocupa de investigações de princípios gerais quanto à realidade, conhecimento, existência... 
Em meio às preocupações, declarações, comparações e oposições o autor entra no cenário fazendo um levantamento dos principais pensadores e movimentos intelectuais do pensamento ocidental. Brown esclarece que, diante do atual clima intelectual, e da séria falta de livros que procuram oferecer uma visão geral da história da filosofia até ao dia presente e do seu relacionamento com o cristianismo, é necessário que o leitor/filósofo tenha um profundo comprometimento com a fé cristã!
A formulação de perguntas e respostas dos pensadores medievais, bem como a relação e a atitude adotada com a filosofia - ainda que alguns a denunciaram, dizendo que era vã e tendo-a como a raiz de toda heresia - mostra-a como algo proveitoso com a qual deveria haver um relacionamento de amor. 
Na raiz do pensamento medieval vemos o discorrer sobre a filosofia grega, sobre o neo-platonismo e suas crenças, sobre as várias formas do platonismo, também sobre a influência de Aristóteles.
Colin Brown fala a respeito dos pensadores medievais voltados para a Metafísica. O autor mostra que o pensamento da Idade Média foi acompanhado pelo desinteresse pelo universo físico e uma despreocupação referente às questões científicas a respeito dos fenômenos naturais. Inclui-se aqui o Escolasticismo que, segundo o autor, se resumia nas escolas de pensamento medievais que se preocupavam com a definição e sistematização do modo cristão de entender a realidade; em suma, tratavam em grande parte, do relacionamento entre Deus e o mundo. O relacionamento da crença cristã da época com o pensamento racional tinha o interesse pelos debates acerca da natureza das coisas, perguntas e respostas, existência, emprego de termos da linguagem, palavras, conveniência, etc.
As ideias e pontos de vista do pensamento medieval exprimem extremismo, ceticismo e bom senso. Para o autor, a filosofia medieval preocupava-se com a verdade eterna, mas negligenciava as verdades centrais da revelação.
Em síntese Colin Brown define o relacionamento da Igreja com a Filosofia Grega como uma curiosa mistura de fé cristã e saber pagão. A igreja tinha o monopólio clerical e a maioria dos filósofos medievais eram clérigos. O uso de argumentos e conceitos era usado para defender os ideais cristãos – o que frequentemente gerava consequências desastrosas: confusão, distorção, ataques ideológicos. Vemos então como resultado, pensamentos e escritos lógicos e formais, eficientes e áridos.
Brown lembra a demonstração da lógica através de argumentos. Nomes como o de Anselmo têm, também, um grande significado em Filosofia e fé cristã. Argumentos que falam de Perfeição e Existência maior do que qualquer outra coisa.
Colin expõe sobre os inteligentes da História que se encontraram contra e a favor de vários argumentos de vários pensadores , assim como as formas de abordar, as diferentes maneiras, adaptações, ajustes, refutações elaborados para as suas próprias filosofias.
Colin Brown apresenta a presente obra optando pela concentração em ideias e posições cruciais, estilos, ensino básico e verdades centrais para os dias de hoje, visando um Cristianismo com conteúdo e sem utopias. 


Por Fernando José. 



A publicação deste texto é livre, desde que citada a fonte e o endereço eletrônico da página do Blog O Inconformista.