Lembro-me que pregador bom, pelo
menos a nível pentecostal, tinha sermões com duração de até 2 horas, e o auditório
ainda tinha disposição para mais um pouco no final! Isso nas décadas anteriores aos anos 2000,
pois, de lá pra cá, muita coisa mudou - na realidade, a cada década o
"evangelho" muda. "Cantar eh mais fácil que pregar", assim
como as diversas apresentações são mais viáveis, isso é o que fica claro ao ver
as atitudes dos líderes denominacionais
, de louvores, dos que cantam , etc. Pregar, principalmente expositivamente,
requer trabalho, minúcia, esmero... Isso não é para nós, imediatistas, e
triunfalistas de plantão. Gastamos todo o tempo da adoração templária a Deus
com disparates, anormalidades, cânticos mal formulados e mal cantados com nota
zero no que diz respeito a cunho teológico. É um monte de pregadores que ganham
tempo perdendo tempo "louvando" no horário propício para fazer o que
foi chamado para fazer: Pregar. Não se tem em mente que LOUVAR é ANUNCIAR,
anunciar Deus, sobre Deus, as boas coisas. Não há um consenso, a regra é:
"sua casa, suas regras"; e Cristo? Ah, Cristo fica pra depois, se der tempo... Doutrina virou costumes obsoletos, regras de um líder estereotipado
que fundou uma denominação que tenderá a
ser estereotipada. Todos querem ser diferentes, todos querem sair na frente e
isso em detrimento ao que é original, bíblico, espiritual, real e amoroso! Enfim, estamos indo de encontro aos princípios Cristocêntricos. Cristo não é
cristianismo - uma verdade que fazemos questão de esconder. E, nossas
denominações são apenas nossas denominações - que podem vir a deixar de existir
a qualquer momento. Pra finalizar, eu estava com um pregador aqui onde resido
no momento, aí ele olhou ao redor e constatou que há muitas igrejas. Ele falou:
É, vou abrir uma igreja aqui também. Retruquei: É, Jesus tem uma, o que tem você ter uma também? Brincadeiras à parte, quem não
quer, nos tempos hodiernos, ser um Don Corleone de um templo evangélico
pentecostal reformado da visão de cima renovada qualquer dessa vida nossa de cada dia? E, ai que vida...!
Por Fernando José, em 28/08/2016.
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