Por Fernando José.
Temos vivido
o avanço das redes sociais (RS) pelo mundo afora. Constatamos que as RS tem
cooperado para o bem, mas, ao mesmo tempo se demonstrado cruel concernente ao
seu mau uso, i. e., revolucionamos para viver e vivemos para a degradação
social, moral, política... Temos deixado nossas vidas exposta! E, ao que se
referem aos nossos pregadores, pastores, cantores e etc. (na sua maioria
pentecostal) há uma exposição negativa devido à forma de se comunicar ao
transmitir a mensagem do Evangelho, ou ainda, nos seus anúncios, convites...
Dizem por aí
que “Deus não chama os capacitados, mas, capacita os escolhidos”! Mas, espere
aí! Os chamados à espera da capacitação vão viver “O Evangelho Segundo Raul
Seixas”? “... com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte
chegar...”? Espera a capacitação, espera o preparo, espera o dom... É! Espera
logo a morte chegar!
O pregador
pentecostal (PP) precisa morrer, mas não morrer esperando a morte chegar (i.
e., as coisas caírem do céu), precisa morrer na oração, no jejum, na Palavra,
estudando... o problema é: o neófito passa pelo batismo nas águas (na maioria
das vezes, sem o discipulado) e já quer ser obreiro, já quer ter um “cargo”,
não quer ser “Crente de Banco”! Eu acho que só deve ensinar quem um dia se
dispôs a aprender. Se não aprendeu, Tchau! Cultos com ênfase no ensino bíblico
devem ser os mais frequentados pelo atual e futuro PP. O fogo
(emoção/iluminação) deve estar mesclado com a razão (estudo, raciocínio,
perfeccionismo). – Mas, e eu que não tive muito estudo? Disse bem: “não tive”,
agora você é nova criatura (1 Coríntios 5.17). Nova criatura para viver,
pensar, estudar, devotar, dedicar-se, ler, escrever, conformar e inconformar-se.
Não somos novas criatura só para “entrar no mistério”, dar dois pulinhos, dizer
“Glória a Deus” e “Aleluia” e pronto! Somos para revolucionar, transtornar o
mundo (Atos 17.6). Revolução/mudança não é o que temos visto nas ações pentecostais
televisivas da atualidade, personagens que se metem nos negócios alheios,
“grupo divino” contra “grupo do capeta”, “as leis daqui são melhores que as
dali”, e outros besteiróis afins...!
Convoco-os a
irmos de encontro a esse “blá, blá, blá” da crentaiada que diz: “- Vamos
dominar o mundo” (coisa de desenho animado, não é?). Como diz o baiano da gema:
“- É tudo presepada! Pura engomação!”. Daí a necessidade dos anônimos (que, na sua
maioria, querem o estrelato a qualquer custo) se debruçarem nas Escrituras
(estudo) e na oração (poder/ ligação). Mostrar para o povo “gospel” e “mundano”
a realidade que os mestres atuais ensinam nas salas de aula das academias
teológicas da vida, mas por omissão, não ensinam nos templos com medo de perder
status e, consequentemente, as
geradoras de gordura, as ovelhas!
Então vamos lá: Gramática, História, Teologia
e outras coisas mais...
Gramática
O PP precisa
aprender:
- a escrever
as palavras de forma correta,
- estudar
sobre os fatos e as regras da linguagem,
- procurar (frequentemente)
tirar as dúvidas de português,
- formar e
estruturar as palavras,
- ter uma
ideia concreta sobre nomeação (Substantivo) dos seres, objetos, lugares, etc.,
- estudar
sobre Qualidade, Quantidade, Definição/Indefinição, Substituição, Determinação...
Mas, para
quê isto? Para não está, segundo o ditado popular, “confundindo Jesus com
Genésio”. Uma mensagem (anúncio, convite, texto) mal escrita coloca-se como uma
barreira/ruído na comunicação. Então, precisamos pôr a mão à obra: comecemos a
ler para melhor escrever. Lendo bem, escreveremos bem, falaremos bem,
pregaremos bem. Manuais de gramática e redação irão nos ajudar em muito, a fim
de que venhamos dirimir as dúvidas e evitar grandes erros na escrita que é
destinada ao público alvo.
História
Para o PP
estudar História é entender um pouco sobre seus períodos (divisões), sobre o
surgimento do Homem, teorias e leis científicas, tipos de governo, impérios, povos,
nações... É pesquisar sistemas (economia, política, religiões, etc.) e
mergulhar na História da Igreja (início, perseguição, apologia, vivência,
editos, credos, concílios, etc.).
Teologia
Para muitos
não seria possível “fazer faculdade” por diversos motivos. Mas, não aproveitar
o tempo para ser um autodidata (instrução sem o auxílio de professores) é
desperdício, injustiça, negligência... A partir do momento que alguém estar em
Cristo, sendo um novo convertido à fé cristã, essa ideia deve ser implantada, de
forma natural, em sua mente: “estudar, conhecer, orar, esforçar-se”. Em casa,
no trabalho, na escola, você pode aprender Teologia, e, estudando Teologia,
você conhece um pouco de cada coisa: Deus (Teontologia), Cristo (Cristologia),
Espírito Santo (Pneumatologia/Paracletologia), Geografia e História Bíblica,
Hermenêutica (arte da interpretação de textos) Homilética (arte de pregar),
Bibliologia (autores, livros, datas), podemos citar, também, Hamartiologia,
Soteriologia, Angelologia, Escatologia...
Todas as
matérias supracitadas e muitas outras estão disponíveis hoje nos meios de
comunicação (livros, TV, rádio...), principalmente na internet!
Falei no
começo que a internet (principalmente as RS) tem “... ao mesmo tempo se
demonstrado cruel concernente ao seu mau uso...”, mau uso porque viciamos em
bate papo, em ver fotos (da vida does nossos e dos outros que não tem nada a
ver), em compartilhar besteiróis (na sua maioria “gospel”), enquanto milhões e
milhões de letras, textos, artigos estão à nossa volta! O conhecimento está
próximo de nós e não sabemos utilizá-lo. Não há dedicação, não há estudo. Ficamos
à mercê das profecias (digo, profetadas), das visões (melhor, visagens) e das
revelações mal reveladas...! Creio em
milagres, em dons espirituais, em outras/novas línguas, enfim, em manifestações
atuais do poder de Deus, mas, sempre tive isso em mente: para que “caia poder”,
manifestação dos dons, “retété” e etc. e tal, é preciso oração, entrega, bíblia
e outras coisas mais...!
Prepare a terra
e haverá chuva, prepare o altar e haverá fogo, endireite a vereda, transforme-a
num caminho e virá o Messias. Como diz David (Paul) Yonggi Cho: “Comece pequeno, depois cresça até ficar
grande”.
Por Fernando José.
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