quinta-feira, 25 de julho de 2013

Lição 4 - Jesus, o Modelo Ideal de Humildade. (Auxílio - Jovens e Adultos, 3º Trimestre de 2013/CPAD - por Fernando José).



Por Fernando José.

“Se esta foi a atitude de Cristo, que tolice a nossa lutarmos para manter as migalhas de posição que nos são oferecidas pela sociedade humana!” (Lawrence O. Richards).

Fazer uma exposição sobre a Carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses capítulo 2, versículos 5 a 11, é o mesmo que dizer que estamos num bate papo cristológico!  De sorte que, para falar sobre os versículos citados, é preciso fazer uma retrospectiva aos versículos 2 a 4 do referido capítulo, onde frases de ordem são expostas:

- V.2
* “SINTAM O MESMO!”.
* “TENHAM O MESMO AMOR!”.
* “TENHAM O MESMO ÂNIMO!”.
* “SINTAM A MESMA COISA!”.

- V.3
* “NÃO FAÇAM AS COISAS POR AMBIÇÃO, RIVALIDADE OU EGOÍSMO!”.
* “NÃO FAÇAM DIVISÕES/PARTIDARISMOS!”.
* “NÃO SEJAM FACCIOSOS!”.
* ”CONSIDEREM OS OUTROS SUPERIORES A SI MESMOS!”.

Em resumo: ”Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.” (V.4).

Diante do supracitado, temos o contexto adequado para irmos em frente:
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2:5-11).

Em primeira mão, somos convidados (“que haja”) a obtermos prudência, bom senso; somos convocados à decisão, decisão de ter como propósito (e necessidade): ser como Cristo, fazer como Cristo! Os leitores são chamados à ter um sentimento único, especial e raro: o sentimento “que houve também em Cristo Jesus”. Sentimento que revelou:

*Sabedoria.
*Percepção.
*Sensibilidade.

O Cristo (Rei, Sacerdote e Profeta) exaltado, esvaziou-se (o que mostra sua preexistência), tomando a forma de homem. Cristo, em igualdade com Deus, tendo uma natureza divina em existência e manifestação, igualdade em número, tamanho e qualidade, desceu! Isso mesmo: DESCEU ao termo mais baixo, amarrado, preso “na forma de servo”. Foi encontrado/achado (heuretheis, heuriskõ) humanamente amoldado, em figura, aspecto e configuração! Visto pelos homens, homens que perceberam Sua existência, sua linguagem, suas ações, enfim, seu modo humano de viver.
Cristo em “forma de homem” (v.4), não se esvaziou da Sua divindade, não deixou a essência e a eternidade... Também, anteriormente, não deixou a essência e a eternidade (posição) falar mais alto! Foi feito como homem, o Filho encarnado, sendo homem perfeito devido a natureza divina presente Nele. Anteriormente Ele é preexistente, depois, a deidade continua!

Duas descidas:
*Desce em forma de homem – vê pra Terra como homem, nivelando-se.
*Desce em forma de servo – considerado o termo mais baixo no que se refere à escravidão. Um criado que não tem vontade própria.

Cristo vem como homem-servo obediente:
*ELE DEU OUVIDOS AO PAI,
*ELE FOI SUJEITO AO PAI,
*ELE FOI DÓCIL PARA COM AO PAI,
*ELE CUMPRIU AS ORDENS DO PAI,
*ELE TEVE DISPOSIÇÃO DIANTE DO PAI.
O resultado: “... Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”.

Diante do exposto, aderimos ao método socrático, que nos leva a um processo de reflexão e descobertas:

- Qual é a posição mais elevada: a nossa ou a de Cristo (rei, sacerdote e profeta)?
- Porque algumas vezes (ou sempre) nos achamos superiores aos demais?
- Atualmente, o cristão tem “lutado” por Cristo ou por si mesmo?
- A quem estamos sendo obediente?
- Estamos sendo obedientes por legitimidade ou por interesse próprio?
- Porque é tão difícil nivelarmo-nos com os semelhantes?
- Estamos dispostos a “descer” para ajudar?
- A quem temos dado ouvido (com prioridade): a Deus, aos homens ou ao diabo?
- Qual o nosso nível de disposição diante do Pai?

É, ficou difícil para nós! Não temos “bagagem suficiente” (sentimento que houve também em Cristo Jesus) e queremos “dominar o mundo”! GAME OVER! Voltemos ao nível zero! Voltemos ao Evangelho! Se Cristo está em nós (Romanos 8. 10), se Cristo vive em nós (Gálatas 2. 20), e, se Ele está sendo formado em nós (Gálatas 4. 19), com certeza Ele aperfeiçoará esta obra, operando em nós esse sentimento!



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