quarta-feira, 22 de outubro de 2014

LIÇÃO 4: A providência divina na fidelidade humana (Auxílio - Jovens e Adultos: CPAD, 4º Trimestre de 2014 - por Fernando José)




Apagaram o poder do fogo... (Hebreus 11:34)

Daniel 3 revela a fé prática dos três amigos de Daniel. Uma história que fala da firmeza merecedora de crédito, da fé que é considerada uma virtude teológica. De início o v.1 fala sobre a oposição em relação à fé dos três crentes. Uma estátua de ouro é levantada e os jovens não se prostram em adoração, ato que dá sequência à acusação.

O v.2, em algumas traduções, refere-se ao sátrapa como um oficial! O que era o sátrapa?

Sátrapa:
Era o nome dado aos governadores das províncias. Era o chefe da administração da sua província. Ele coletava imposto, controlava os representantes locais do governo e as tribos e cidades sob tutela. Ele era o juiz supremo da província, diante do qual todo caso civil e criminoso podia ser levado. Era responsável pela segurança das estradas (...) e devia controlar desordeiros e rebeldes. Recebia assistência de um conselho de Persas, para o qual também cidadãos da província eram aceitos, e era controlado por um secretário real e por emissários do rei, especialmente o "olho do rei", que fazia uma inspeção anual.


Flávio Josefo descreve assim o acontecimento da fornalha:

... e foram lançados na fornalha. Mas Deus os salvou por um efeito de seu infinito poder: o fogo, parecendo reconhecer a sua inocência, respeitava-os, em vez de consumi-los. Eles venceram as chamas, e tão grande milagre aumentou ainda mais o respeito e a estima que o rei já lhes devotava, porque os considerava pessoas de virtude extraordinária e muito particularmente queridos de Deus.


O Comentário Bíblico Moody traz a divisão do capítulo 3 de Daniel da seguinte forma:
1) a oposição à fé (v. 1; cons. v. 8);
2) a tentação da fé (vv. 2-15);
3) a demonstração da fé (vv. 16-18);
4) a salvação pela fé (vv. 19-30).

Por Fernando José.


Textos Complementares 1

Por que Daniel não foi jogado na fornalha de fogo ardente com seus amigos, afinal, não estavam juntos (Dn 3.1-30)? O reino de Babilônia era dividido em províncias. Daniel foi nomeado governador sobre todas as províncias e permaneceu na capital do império. Atendendo a um pedido seu, o rei concordou que seus companheiros assumissem cargos políticos importantes no reino e, por isso, separaram-se: “E pediu Daniel ao rei, e constituiu ele sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na porta do rei” (Dn 2.49). A imagem do rei Nabucodonosor foi levantada no campo de Dura, distante cerca de dez quilômetros da Babilônia. Tudo indica que Daniel não estava presente ou foi dispensado de ter de demonstrar sua lealdade ao rei devido à sua elevada posição.

Textos Complementares 2

Onde ficava Dura? Creio que não podemos afirmar com certeza onde era o Campo de Dura. Obermeyer sugere que tal localidade fica perto de Nahr Dura, um pequeno afluente do Eufrates, a uns 10 quilômetros no sul de Babilônia. Contudo a sua tese não é provada. A literatura rabínica (Tamude de Babilônia, Folio 92a) diz que a planície de Dura vai do rio Eshel até Rabbath. É interessante notar que a mesma fonte diz que foi neste lugar que Ezequiel profetizou aos “ossos secos” (Ezequiel 37).

Textos Complementares 3

A vitória da fé tinha cinco objetivos: 1) Foram soltos de suas amarras (v. 25). 2) Foram protegidos do mal (v. 27). 3) Foram confortados na provação (vs. 24, 25, 28). 4) Seu Deus foi glorificado (v. 29). 5) Como servos de Deus foram recompensados (v. 30).
Comentário Bíblico Moody.


Referências:
Bíblia Online - http://www.bibliaon.com
Lições Bíblicas CPAD - 4° Trimestre de 2014: Integridade Moral e Espiritual — O legado do livro de Daniel para a Igreja hoje.
Comentário Bíblico Moody.
JOSEFO, Flavio. HISTÓRIA dos HEBREUS - De Abraão à queda de Jerusalém. 8ª edição, CPAD - Rio de Janeiro, RJ: 2004.


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