BRINER, B. Os métodos
de administração de Jesus; traduzido por Milton Azevedo Andrade. 1ª ed.,
São Paulo: Mundo Cristão, 1997 [15ª reimpressão/2012]. 90 p.
Bob Briner inicia seu livro falando que, em se tratando de empreendimento,
Jesus Cristo é o maior administrador e o mais bem sucedido de todos os tempos.
Conclusão tirada pelo autor ao fazer avaliação e observar as evidências da
organização fundada pelo Mestre: uma organização com longevidade, riquezas,
lealdade, sacrifício global, diversificada, integrada. A partir dessa análise, Bob
deixa princípios administrativos para qualquer fundação, manutenção e avante na
área administrativa, baseando-se em Cristo que construiu a maior empresa de
todos os tempos com apenas 12 executivos!
Bob Briner sugere que deve haver um plano a ser obedecido,
que torne o planejador firme como uma rocha e determinado, independente das
circunstâncias, tendo o objetivo de executar o planejado. O administrador deve
ter uma base de conhecimento (preparo) para executar o plano, produzindo
resultados adequados. Segundo Briner, Jesus, através das parábolas (ensino)
explicou sobre o dever de estarmos bem preparados. Sem preparo não há sucesso.
Para Bob, estar preparado é desempenhar bem as tarefa que nos é atribuída.
O autor comenta também sobre a autonomia. O administrador
deve ter autonomia para escolher a equipe, de maneira ordenada e cuidadosa, com
os acréscimos futuros necessários para o bom funcionamento da organização. Para
ele, o recrutar ou alistar com identificação precisa, traz a pessoa certa para
assumir a posição em foco; se a pessoa é capaz de exercer o posto, que sejam
oferecidas as melhores condições para a mesma (a pessoa certa pode trazer
sucesso não somente para a organização como também para os que estão à volta).
Jesus foi estratégico ao escolher o apóstolo Paulo, vindo da concorrência
(farisaísmo, orgulho). O Mestre coloca como homem chave alguém que veio do
concorrente, mas que, a seus olhos, era qualificado. Qualificação que provou ao
mostrar que não mais representava uma ameaça à Igreja, abrindo a visão da mesma
e, através das viagens missionárias, expandindo-a!
Briner sugere em Os
métodos de administração de Jesus que o executivo deve ensinar (sempre) e inculcar
nas mentes dos que estão à volta o verdadeiro caminho do sucesso. Ensinar com
qualidade, a fim de ser bem entendido. O autor mostra ainda que dentro da
esfera desse ensino há necessidade de liderança bem exercida. Tem que saber o
que faz. A organização é levantada sobre a base firme da autoridade. Não deixando
dúvidas quanto a quem manda... O líder deve ter uma programação para as suas
ações. Escolher o momento certo para as realizações, enfim, programar as
estratégias! Deve cuidar dos assuntos no momento em que surgem, agindo e
trazendo respostas com prontidão. Aquele que lidera deve ter discernimento:
separar a verdade do falso, as coisas corretas das erradas, as boas das más,
pois, faltando discernimento haverá maior probabilidade de problemas, enganos,
manipulações, ‘adições’, etc. O líder fará a coisa certa a semelhança de Jesus.
Bob Briner refere-se também ao descanso. Para ele, o líder,
assim como os subordinados devem descansar, pois o descanso trará disposição,
agrado e progressão, a fim de evitar estafa, colapso, cansaço e estresse.
Para Briner, praticar com humildade e honestidade as relações
públicas em seu negócio quebra o estereótipo de que seu conceito é superficial
e enganador.
O líder, segundo o autor, busca meios de elogiar a sua
equipe, sendo agradecido, reconhecendo, aproveitando as oportunidades para
dizer “Obrigado!”. Fazendo assim, diminuir a distância daqueles nos rodeiam.
O administrador, em seus empreendimentos, deverá acreditar
naquilo que faz, de forma que conheça o que faz, transmitindo aquilo que
conhece com entusiasmo e falando com autoridade sobre a atividade.
Em tempos difíceis cabe ao líder ser ponderado. Diante das
tempestades e terríveis notícias que sobrevêm, deve reagir de forma tranquila,
permanecendo com calma. Em resumo, ele terá um planejamento concernente à crise
e/ou tempos difíceis.
Ainda segundo o autor, o líder deve ser pacificador,
exercendo a liderança com estímulos reconciliadores. E, em se tratando de
retorno, o líder deverá avaliar o feedback, se houver desapontamento com o
retorno, deve haver desempenho em ensinar: ensino aplicado em situações que
estejam enfrentando no momento, ensino que transmitam coisas importantes que
precisam ser compartilhadas!
Bob Briner indica que o líder seguirá, no mundo dos negócios,
pelo caminho estreito, agindo com diferenciação, almejando um caminho onde os
outros não podem ou não querem ir. Ele se dedicará, se destacará, servirá
melhor...!
Por Fernando José.
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