domingo, 26 de junho de 2016

Catu-Bahia: 148 Anos





Catu, município baiano por natureza. Apesar dos pesares, é próspero, petrolífero e comercial.  O quadro econômico-social atual é semelhante à nossa topografia: irregular. Mas temos esperança. Ficamos a 78 km da cidade de Salvador, e acreditamos no Sotero (Salvador). Catuenses, soteropolitanos, na fé.

Somos assim:

Temos duas Baixadas: uma é “da Paz”, a outra, jorra petróleo: “Ouro Negro”. Falando em petróleo, nesse ramo Catu é “Pioneiro”. Aqui há pessoas da classe A, B, C; temos também alguém da nobreza, da elite: Barão de Camaçari.  Temos um bairro que tem uma “Boa Vista”: a Aruanha, e outro em que se tem um ”Bom Viver”. Temos um estádio, temos um “Campinho”. O rio São Francisco passou por aqui com sua energia: Chesf. Aqui, conhecemos a família do graveto: os Gravitos. Não sabemos muito sobre o pau-brasil, mas, ali pertinho fica o “Pau Lavrado”. Se quisermos ir ao cume, ao topo é fácil, pega o buzú e vamos até o “Planalto 1”, ou, ao “Planalto 2”. Aqui, em Catu, tem um bairro que a maioria não sabe nem o nome dele, só dizem que por lá tem uma “Rua Nova”. Temos aqui uma moça casta, separada, cheia de virtude e bondade: Santa Rita. Conhecemos um rapaz, que segue a mesma direção de Rita: São Miguel. Temos uma cidade dentro de outra cidade: Urbis. Compramos um sítio 0 km: Sítio Novo. Não temos apenas um riacho, possuímos “Dois Riachos”. Aqui começamos a contar a partir do 0 (zero) até chegarmos aos “40 (Quarenta)”.  Alguns vivem no perímetro urbano, outros preferem os lugares isolados, lá nos “Estanques”. No Norte do Brasil tem um Rio Negro, aqui temos o “Rio Vermelho”. A “Paraíba” fica mais perto do que você imagina. Por aqui podemos ver pedaços soltos de rochas, alguns fragmentos, que comumente chamamos de “Pedras”. O “Fleming” me tenha por escusado, pois não sei o que vem a significar. Em Catu há muitas mulheres, muitas damas, mas, não podemos esquecer-nos dos “Varões”... E por aí vai...!

Somos urbanos, somos rurais,
Somos populares,
Somos politizados e despolitizados,
Cultos, incultos
Cidadãos, habilidosos,
Enfim, Emancipados...!



Por Fernando José.
Texto elaborado em 2013, com revisão em 2016.




A publicação deste texto é livre, desde que citada a fonte e o endereço eletrônico da página do Blog O Inconformista.



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