quarta-feira, 1 de junho de 2016

Resenha: Os métodos de administração de Jesus









BRINER, B. Os métodos de administração de Jesus; traduzido por Milton Azevedo Andrade. 1ª ed., São Paulo: Mundo Cristão, 1997 [15ª reimpressão/2012]. 90 p.



Bob Briner inicia seu livro falando que, em se tratando de empreendimento, Jesus Cristo é o maior administrador e o mais bem sucedido de todos os tempos. Conclusão tirada pelo autor ao fazer avaliação e observar as evidências da organização fundada pelo Mestre: uma organização com longevidade, riquezas, lealdade, sacrifício global, diversificada, integrada. A partir dessa análise, Bob deixa princípios administrativos para qualquer fundação, manutenção e avante na área administrativa, baseando-se em Cristo que construiu a maior empresa de todos os tempos com apenas 12 executivos!
Bob Briner sugere que deve haver um plano a ser obedecido, que torne o planejador firme como uma rocha e determinado, independente das circunstâncias, tendo o objetivo de executar o planejado. O administrador deve ter uma base de conhecimento (preparo) para executar o plano, produzindo resultados adequados. Segundo Briner, Jesus, através das parábolas (ensino) explicou sobre o dever de estarmos bem preparados. Sem preparo não há sucesso. Para Bob, estar preparado é desempenhar bem as tarefa que nos é atribuída.
O autor comenta também sobre a autonomia. O administrador deve ter autonomia para escolher a equipe, de maneira ordenada e cuidadosa, com os acréscimos futuros necessários para o bom funcionamento da organização. Para ele, o recrutar ou alistar com identificação precisa, traz a pessoa certa para assumir a posição em foco; se a pessoa é capaz de exercer o posto, que sejam oferecidas as melhores condições para a mesma (a pessoa certa pode trazer sucesso não somente para a organização como também para os que estão à volta). Jesus foi estratégico ao escolher o apóstolo Paulo, vindo da concorrência (farisaísmo, orgulho). O Mestre coloca como homem chave alguém que veio do concorrente, mas que, a seus olhos, era qualificado. Qualificação que provou ao mostrar que não mais representava uma ameaça à Igreja, abrindo a visão da mesma e, através das viagens missionárias, expandindo-a!
Briner sugere em Os métodos de administração de Jesus que o executivo deve ensinar (sempre) e inculcar nas mentes dos que estão à volta o verdadeiro caminho do sucesso. Ensinar com qualidade, a fim de ser bem entendido. O autor mostra ainda que dentro da esfera desse ensino há necessidade de liderança bem exercida. Tem que saber o que faz. A organização é levantada sobre a base firme da autoridade. Não deixando dúvidas quanto a quem manda... O líder deve ter uma programação para as suas ações. Escolher o momento certo para as realizações, enfim, programar as estratégias! Deve cuidar dos assuntos no momento em que surgem, agindo e trazendo respostas com prontidão. Aquele que lidera deve ter discernimento: separar a verdade do falso, as coisas corretas das erradas, as boas das más, pois, faltando discernimento haverá maior probabilidade de problemas, enganos, manipulações, ‘adições’, etc. O líder fará a coisa certa a semelhança de Jesus.
Bob Briner refere-se também ao descanso. Para ele, o líder, assim como os subordinados devem descansar, pois o descanso trará disposição, agrado e progressão, a fim de evitar estafa, colapso, cansaço e estresse.
Para Briner, praticar com humildade e honestidade as relações públicas em seu negócio quebra o estereótipo de que seu conceito é superficial e enganador.
O líder, segundo o autor, busca meios de elogiar a sua equipe, sendo agradecido, reconhecendo, aproveitando as oportunidades para dizer “Obrigado!”. Fazendo assim, diminuir a distância daqueles nos rodeiam.
O administrador, em seus empreendimentos, deverá acreditar naquilo que faz, de forma que conheça o que faz, transmitindo aquilo que conhece com entusiasmo e falando com autoridade sobre a atividade.
Em tempos difíceis cabe ao líder ser ponderado. Diante das tempestades e terríveis notícias que sobrevêm, deve reagir de forma tranquila, permanecendo com calma. Em resumo, ele terá um planejamento concernente à crise e/ou tempos difíceis.
Ainda segundo o autor, o líder deve ser pacificador, exercendo a liderança com estímulos reconciliadores. E, em se tratando de retorno, o líder deverá avaliar o feedback, se houver desapontamento com o retorno, deve haver desempenho em ensinar: ensino aplicado em situações que estejam enfrentando no momento, ensino que transmitam coisas importantes que precisam ser compartilhadas!
Bob Briner indica que o líder seguirá, no mundo dos negócios, pelo caminho estreito, agindo com diferenciação, almejando um caminho onde os outros não podem ou não querem ir. Ele se dedicará, se destacará, servirá melhor...!


Por Fernando José. 



A publicação deste texto é livre, desde que citada a fonte e o endereço eletrônico da página do Blog O Inconformista.






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