quinta-feira, 29 de maio de 2014

LIÇÃO 9: O Ministério de Pastor (Auxílio - Jovens e Adultos: CPAD, 2º Trimestre de 2014 - por Fernando José)




Pastores

“... Outros Pastores...” (Efésios 4.11).

Partindo do exemplo bíblico, literário e tradicional do Salmo 23, entendemos que um pastor, no sentido literal – aquele do campo – tem o dever (a essência) de guardar, apascentar, recolher, levar, guiar, conhecer, cuidar... Em suma, dá a vida, não abandona. Pastor que é pastor livra a ovelha! Falando em pastor como ministro, vem à nossa mente, sinônimos: exemplo, voluntariedade e ânimo. O pastor como ministro leva em conta que tem um Grande Pastor (Hebreus 13.20). Deus deu uns para pastores (Efésios 4.11), sendo assim, os mesmos tem o compromisso de discipular e aconselhar.


 Discipular - manter a ordem e a disciplina. Disciplina nesse sentido seria a Doutrina, e Doutrina aqui não é a doutrina da ‘sua igreja’, é a Doutrina bíblica, a Regra (Gálatas 6.16). Tem muitos nos dias de hoje confundindo os gostos eclesiásticos com a Doutrina. A igreja está orientada a seguir a Doutrina dos Apóstolos e não as infindáveis doutrinas dos homens que surgem a cada dia, cada uma ao bel prazer do ‘doutrinador’. Doutrina bíblica abrange: respeito, obediência, ensino, estudo, ordem, observação...

Aconselhar – o pastor indica o caminho, convencendo, persuadindo. Faz ver as coisas como são, com brandura.


O pastor é o mestre que tem autoridade, direcionando as ovelhas/discípulos sob a direção do Grande Pastor! O pastor traz o alimento – primordialmente bíblico e espiritual. Provê comida para o rebanho, que são os seguidores de Cristo! Os discípulos de Cristo serão atendidos, de forma graciosa, pelos pastores. Ao pastor age como um atendente, um apascentador... Ao pastor cabe guardar os domésticos na fé, nutrindo-os, tendo cuidado deles (1 Pedro 5.2).


Aptidão pastoril X Administração Eclesiástica
No tempo hodierno estamos confundindo a vida do pastor (1 Timóteo 3.1-7; 2 Timóteo 4.2; Tito 1.7-11; 1 Pedro5.2-4) com o administrador de empresas. Entendemos que a administração eclesiástica tem as mesmas funções da administração de empresas, ou melhor, a primeira é uma adaptação da segunda no molde religioso. (VER Textos Complementares 1 e 2). O pastor é constituído para cuidar de pessoas (Efésios 4.12), o administrador - em primeira mão - de coisas. As duas vertentes (coisas espirituais e coisas terrenas) tem se fundido e confundido a cabeça dos aspirantes e veteranos.Ter uma igreja bem administrada é ótimo! Mas não confundamos: precisamos de um bom administrador e de alguém apto para ensinar. Alguém com aspecto duplo: cuidando das coisas espirituais e das coisas terrenas. O que vejo ultimamente é que fica um tanto complicado conciliar os dois aspectos: quando é bom administrador é fraco no ensino e vice-versa. Estamos na contramão de Atos 6, quando é evidente que o ensinador não é biscoito cream-cracker, 3 em 1. Na lógica, essa coisa de templo, departamentos e finanças ficaria a cargo do diaconato, mas... Resumindo, o pastor entende o seu chamado, percebendo que o povo aos seus cuidados tem que estar na comodidade mas também bem alimentado.


Textos Complementares 1

A administração teve seu histórico recente. Trata – se de um produto tipicamente do século XX. A administração de empresas em si, possui pouco mais de cem anos de existência e devido a isso, estabelece o resultado histórico e complementar da cooperação cumulativa de vários percursores, físicos, filósofos, economistas, estadistas e empresários que, com o passar dos anos, foram se adequando cada qual em seus campos de atuações, criando e propagando suas obras e teorias. Com isso, a administração moderna de empresas faz uso de conceitos e princípios aplicados nas ciências matemáticas (incluindo a estatística), nas ciências humanas (como sociologia, psicologia, biologia, educação, química etc.) assim como também no direito, na engenharia e na tecnologia da informação, ambos sofrem grandes influencias na administração moderna.



Textos Complementares 2
O que é administração eclesiástica
A administração eclesiástica, portanto, se insere na mesma definição. Só que sua concepção é divina para atuar na esfera humana. De um lado é um organismo vivo, que atua como agente do Reino de Deus, e de outro é uma organização que precisa dispor de todas as ferramentas humanas para a realização de seus objetivos. Mas há uma diferença: como a Igreja tem propósitos não só para esta vida, mas também para a eternidade, exige, por isso mesmo, dedicação que muitas vezes foge aos parâmetros humanos. A título de exemplo, numa organização secular quem negligencia suas tarefas e deixa de ser produtivo corre o risco de ser demitido na primeira oportunidade. Na igreja é diferente: toda a sua estrutura precisa estar voltada para restaurar o indivíduo e fazer com que ele retorne à mesma fé. É óbvio que não se excluem medidas disciplinares, quando necessárias, mas mesmo neste caso o objetivo é sempre restaurar, nunca lançar no inferno. A igreja jamais pode dar motivo para que alguém, no juízo, alegue ter perdido a salvação por ter sido abandonado à beira da estrada. Isto implica em afirmar que a finalidade básica da igreja, qualquer que seja o modelo administrativo, é aperfeiçoar os santos para a obra do ministério e levá-los à medida da estatura completa de Cristo.



Textos Complementares 3
De forma esmagadora , parte dos pregadores hodiernos não tem essência missionária, aparentemente - e pelos frutos - não receberam ou não entenderam a ordem de envio do Mestre que convoca, ensina, capacita e dá autoridade para ir! Consideramos os tais como “Comerciantes da Fé”, pois, só visam o lucro ($), os tesouros desta vida... Almas, missões (de qualquer ordem), problemas sociais, desafios (urbanos ou de outro tipo) são verbetes que estão de fora de seus dicionários. “PREGO PORQUE GANHO!” esse é lema. No dia que deixarem de ganhar, cumpre-se o ditado: “Acabou o milho, acabou a pipoca!”. Na lógica, quando o Bom Pastor refere-se ao Ladrão (João 10.10), não está dirigindo-se própria e diretamente ao Diabo, e sim, ao mercenário (pastor falsificado) que não entra pelo lugar comum, que não tem atitude nem a autoridade de pastor autêntico. E é isso o que alguns tem sido: só trabalham (pregam) por interesse, bandoleiros à beira da pista espreitando as ovelhas! E não me venham com sermão tipo “Não pode atar a boca do boi” ou “Salário do trabalhador”. Trabalhador é trabalhador, obreiro é obreiro – digno de honra, mercenário é mercenário e ponto.




Por Fernando José.


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Bibliografia:                                                                                                                     
Bíblia Sagrada.
Lições Bíblicas CPAD - 2° Trimestre de 2014: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário.
RIOS, Dermival Ribeiro. Dicionário Prático Da Língua Portuguesa (DCL, São Paulo: 1997).
STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento (Templus, São Paulo: 2008).




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